Constelação Ursa Maior

Localiza-se no hemisfério norte

Esta é uma das constelações mais antigas, sendo também a mais conhecida. Inumeráveis lendas de diversas culturas e países falam deste grupo de sete estrelas e aludem na maioria dos casos à sua representação de um carro, nome pelo qual também é conhecida.




Ursa Maior

 - Constelação Ursa Maior

A constelação da Ursa Maior é mais facilmente observável entre Janeiro e Outubro, quando não se encontra tão perto do horizonte. É também conhecida por Carro, Arado e ainda Frigideira ou Caçarola. A Ursa Maior é uma constelação facilmente reconhecida pelas suas sete estrelas brilhantes que desenham um quadrado e uma cauda. Esta figura é um asterismo, isto é, um agrupamento característico que não constitui uma constelação, já que essa é muito maior (estende-se por uma grande área do céu e inclui cerca de duzentas outras estrelas visíveis a olho nu). As estrelas desta constelação, estando perto do polo, são sempre visíveis nas noites de quase todo o hemisfério norte - constelação circumpolar.


A constelação é tão conhecida que muitas das civilizações lhe deram um significado: para os chineses as sete estrelas representavam uma concha que oferecia comida nos tempos de fome - chamavam-lhe «Pei to», concha medidora do norte; para os hebreus também se assemelhava a uma gigantesca concha que media as quantidades de cereal; para os povos germânicos era uma carroça puxada por três cavalos, enquanto para os britânicos era a biga (carro de duas rodas, movido por dois cavalos) do Rei Artur; para os egípcios as sete estrelas representavam a imortalidade, porque são visíveis durante todo o ano; para os índios Cherokee as estrelas representavam um grupo de caçadores que perseguia um urso desde os princípios da Primavera, quando estas estrelas estão altas no céu, até ao Outono, quando aparecem junto ao horizonte.


Segundo a mitologia grega, Zeus apaixonou-se por Calisto, a bela ninfa dos bosques e companheira de Ártemis. Zeus ficou de tal modo fascinado pela sua beleza que, para se aproximar dela, tomou as feições de Ártemis. Calisto acolheu Zeus sem desconfiança, mas quando reconheceu o seu erro já era tarde demais, e concebeu dele um filho, que se chamou Arcas. Hera, esposa de Zeus, ficou furiosa e castigou Calisto, transformando-a numa ursa. Um dia, a irreconhecível Calisto e Arcas encontraram-se. Calisto abriu os braços para acolher o filho mas este, julgando-se atacado pela gigantesca ursa, preparou-se para a matar. À última da hora, Zeus evitou a tragédia e transformou Arcas num pequeno urso, arrastando ambos para os céus. Hera, contudo, empurrou os dois para perto do Polo Norte onde as estrelas são sempre visíveis - mãe e filho nunca teriam descanso. Arcturo, a brilhante estrela do Boieiro ficou de guarda às ursas para que não se afastassem do gélido polo.


Ártmis deusa grega das montanhas


Calisto, na mitologia grega, foi uma bela jovem, que deu origem à constelação da Ursa Maior. Arcas, seu filho, tornou-se rei da Pelásguia, que passou a se chamar Arcádia em sua honra.

O asterismo da Ursa Maior é muito útil para nos orientarmos à noite: prolongando cinco vezes a distância entre as guardas da Ursa Maior (as duas estrelas que aparecem na "ponta" da caçarola" - ver figura) encontra-se a estrela polar, a estrela da cauda da Ursa Menor, que nos indica o Norte.


Objetos do céu profundo

Ursa Maior

Fig. 2 - Figura da constelação Ursa Maior

O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Ursae Majoris.


Em boas condições de observação nota-se que a estrela do meio da cauda não é uma estrela mas sim duas: Mizar e Alcor. Estas duas estrelas não estão fisicamente associadas sendo a sua proximidade aparente para observadores na Terra - são as chamadas binárias visuais. Recorrendo ao uso de um telescópio é possível observar que a pópria Mizar é um sistema binário, composto por duas estrelas brancas gémeas.


M 81 - Trata-se de uma galáxia em espiral (Muito parecida com a Via Láctea) que pode ser observada com binóculos, mesmo numa cidade. Em condições óptimas torna-se espetacular, sendo o seu disco oval tanto mais evidente quanto maior for a ampliação das lentes utilizadas.


M 82 - Esta é uma galáxia alargada e estreita. O tipo de galáxia não é fácil de distinguir, mesmo com bons aparelhos de observação.


M 101 - É uma galáxia em espiral, grande e extensa que se encontra a 16 milhões de anos-luz de distância.


M 97 (Nebulosa da Coruja) - Trata-se de uma nebulosa planetária oval, com a forma de uma coruja. É grande e difusa e para a encontrar é necessário possuir um bom telescópio (75 mm ou maior).


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