Em 1860, um astrônomo alemão descobriu UY Scuti e ela foi inicialmente chamada de BD-12 055. Desde então, observações tem sido feitas para tentar entender essa estrela diferenciada pelo tamanho. Afinal, ela é a maior já descoberta. Seus números são tão expressivos que chega a ser desafiador tentar compreendê-la.
UY Scuti é uma estrela supergigante vermelha e variável pulsante, de tipo espectral M4. Localizada a 2,9 kiloparsecs (9 500 anos-luz) da Terra, na constelação de Scutum, é uma das maiores estrelas já descobertas.
Seu raio é estimado em 1708 ± 192 raios solares (7,94 UA), equivalente a um diâmetro de 2 375 828 000 km. Tem uma luminosidade 340 000 vezes superior à do Sol e sua temperatura efetiva é de 3365 ± 134 K. Sua massa atual é estimada em 10 vezes a massa do Sol (massa inicial de 25 massas solares), inferior à de R136a1, que tem uma massa de 265 vezes a do Sol, mas cujo raio é apenas 30 vezes maior que o do Sol.
Seu tamanho:
Ela é a estrela de maior diâmetro e uma das mais luminosas conhecida pelo Homem até então. UY Scuti, localiza-se na Constelação da Cauda a 9.500 anos-luz daqui. Apenas em condições excepcionalmente ótimas de observação é que pode-se vê-la com um telescópio pequeno ou com um binóculo potente.
Comparação com outras estrelas de grande porte
Comparação com Canis Majoris e o Sol
Para efeito de comparação, vejam:
Se a Terra tivesse 20 cm (uma bola de Vôlei), Júpiter teria 2.1 metros, o Sol teria 22 metros, enquanto que UY Scuti 38.000 metros. Ou seja, quase 5 vezes o tamanho do Monte Everest.
Um objeto viajando à velocidade da luz levaria 7 horas para contorná-la, enquanto que para contornar o nosso Sol na mesma velocidade ele levaria 14.5 segundos.
Nenhuma estrela está apta a competir com ela. Não no quesito volume. Ela tem 5 bilhões de vezes o volume de nosso Sol.
Se pudéssemos trocar o nosso Sol por ela, a borda UY Scuti ultrapassaria a órbita de Saturno. Ou seja: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno não existiriam mais.Seu volume é 5 mil vezes maior do que o de nosso Sol.
UY Scuti, em seus momentos finais, expulsando suas camadas externas
Aqui temos um modelo do Sistema Solar atual, trocando de uma hora para outra o Sol por UY Scuti. Vejam o que acontece com um sistema que está adaptado a trabalhar com a gravidade do Sol e, de repente, bum! Aparece Scuti engolindo os planetas até Saturno. Essa troca desbalanceia todo o Sistema que começa a cair para o poço gravitacional de Scuti: